Lendas da Selecção (Parte IV)

Como sempre retirado do site da FPF:


SIMÕES 1943-…

O ponta-esquerda que chegou a deputado


Nome: António Simões Costa

Data de nascimento: 14-12-1943

Naturalidade: Corroios

Posição: extremo esquerdo

Clubes principais: Benfica e Estoril

Jogos pela Selecção Nacional: 46/3 golos

Estreia: 6-5-1962, em S. Paulo, frente ao Brasil (1-2)

Último jogo: 13-10-1973, em Lisboa, frente à Bulgária (2-2)

Começou no Almada, chegou a treinar-se no Belenenses e no Sporting, mas o Benfica seria o seu futuro. Aos 17 anos dava os primeiros passos na equipa que acabara de se tornar campeã da Europa. A partir do início de 1962, conquistou o seu lugar no lado esquerdo do ataque dos «encarnados» e rapidamente se tornou num dos mais famosos jogadores do Mundo do seu tempo. A linha avançada que formou com Eusébio, José Augusto e José Águas (depois, José Torres), completada com a presença de Coluna no meio-campo, foi considerada a melhor da Europa e apenas comparável à do Santos, de Pelé.

Simões foi, sobretudo, um jogador de dribles e cruzamentos fatais, e não tanto um finalizador. Mas era um jogador de dribles em progressão, nunca amarrado a uma ideia redutora do jogo, individualista e egoísta. Ele era um fornecedor de jogo para os homens que jogavam na área, além de um entusiasta recuperador de bolas quando a tal era exigido, como aconteceu no célebre jogo de Bratislava, no qual uma Selecção Nacional reduzida a dez jogadores desde o segundo minuto venceu a Checoslováquia (1-0), vice-campeã do Mundo, e garantiu o apuramento para a fase final do Mundial 66.

António Simões era já, nessa altura, um jogador absolutamente indispensável na equipa de Portugal. Jogou todos os seis jogos de qualificação para esse Campeonato do Mundo e, em Inglaterra, assumiu-se como o melhor extremo esquerdo do Mundo. As suas exibições foram extraordinárias, sobretudo a que realizou no jogo decisivo frente ao Brasil, campeão do Mundo, marcando mesmo um golo de cabeça que ficou nos anais do futebol português.
Manter-se-ia no Benfica até 1975, já então o «capitão» dos «encarnados», e jogou ainda nos Estados Unidos, o El Dorado das «estrelas cadentes» desse tempo. Nos intervalos do campeonato americano, ainda jogou no Estoril e no União de Tomar. Depois fixou-se do outro lado do Atlântico por vários anos, assumindo a carreira de técnico e sendo, até, eleito deputado pelo Círculo de Fora da Europa.

1 comentários:

Futebolas disse...

Gostaria de o convidar a dar um salto até ao Futebolas (http://www.fute-bolas.blogspot.com). Estamos agora a dar o pontapé de saída, mas queríamos começar a dar a conhecer o espaço.

Abraço.