A antevisão do derby: análise do Meio-Campo...

Nesta análise as condicionantes que o Benfica apresentam condicionam um pouco este sector do meio-campo, aqui claramente as ausências de Ramires e Di Maria dão vantagem aos opositores portistas que com mais tarimba e mais rotinados a jogar têm clara vantagem nos vértices do meio campo.


Javi Garcia, o sr.7 Milhões, que hoje ninguém questiona a verba que o Benfica pagou pelo poderoso espanhol, está a render euro por euro o investimento.
Um possante jogador com uma excelente colocação em campo, um poderoso jogo de cabeça, o que já valeu alguns golos ao jovem espanhol, e uma luta corpo a corpo desigual com qualquer adversário fazem do trinco benfiquista o mais valioso a actuar em Portugal.
Será expectável senão para o Mundial, mas muito provavelmente após o certame da África do Sul que Javi Garcia seja um poderoso adversário de Xavi Alonso na selecção espanhola.

O Porto apresenta um jovem brasileiro, que rodou no Estrela da Amadora, e assim se conseguiu adaptar ao futebol português e no ano seguinte ganhar um lugar indiscutível no onze de Jesualdo Ferreira.
Fernando tem uma capacidade de recuperação de bolas acima da média e essa é a característica fundamental que fazem de Fernando um jogador muito útil na estratégia portista.
Num jogo onde o FC Porto precise apenas de ir à procura do resultado, e se veja em desvantagem Fernando pouco pode ajudar na construção de jogo.

Veredicto: Javi Garcia.

Aqui devia estar Ramires, mas o Queniano Azul lesionou-se e assim será substituído pelo guerreiro Carlos Martins. Quem me conhece sabe que sou um apreciador das características de Carlos Martins, um jogador que deixa tudo em campo, com um feitio complicado e com o seu estado físico a não deixá-lo dar o salto, e ganhar na selecção um lugar que podia ser seu, não fosse a inconstância que apresenta devido às sucessivas lesões. Em forma é um jogador excepcional e capaz de fazer um passe de morte ou desferir um remate indefensável.

Varela tem sido para mim a surpresa do campeonato a par de Coentrão. Silvestre Varela era um jogador que eu tinha pensado, seria emprestado depois da pré-época, mas enganei-me redondamente e agora não consigo compreender como é possível este jovem, mesmo depois de ter feito uma boa época no Recreativo de Huelva, não foi aproveitado pelo Sporting, independentemente de qualquer táctica usada, Varela é um jogador com uma técnica acima da média, e que faz da sua força de vontade e explosão um jogador acima da média. Está a ser o melhor jogador do FC Porto esta época.

Veredicto: Varela

César Peixoto devia ter sido referido no post de ontem, mas os castigos de Fábio Coentrão e Di Maria vão obrigar Jorge Jesus a fazer subir no terreno o esquerdino contratado ao Braga esta época. César Peixoto não é um jogador excepcional, mas é bastante útil tanto a defesa esquerdo como a interior esquerdo como será utilizado no Domingo. Será para mim a opção correcta, jogando e bem até ao final da época, para Carlos Queiroz levar à África do Sul a titularidade da defensiva esquerda. Uma adaptação que não dará a acutilância ofensiva de Di Maria, mas trará consistência defensiva à ala esquerda.

Raúl Meireles, quem não se lembra do miúdo franzino que jogava no meio campo do Boavista com Jaime Pacheco. Hoje está transformado num médio fantástico, que tanto faz um corte na sua defensiva como aparece a finalizar. Um jogador que será sempre uma das primeiras opções para o meio campo da Selecção Portuguesa, e um indiscutível no FC Porto. É sem dúvida um dos líderes em campo da equipa Portista.

Veredicto: Raúl Meireles

Pablo Aimar, El payaso, quem o via e quem o vê. O pequeno Pablito está de volta e faz maravilhas com a bola nos pés. É um número 10 de eleição e tem a presença no Mundial quase garantida com as boas prestações que tem tido no Benfica e com o entendimento magnífico que tem com Saviola.
Não há grandes adjectivos para descrever um Pablo Aimar sem problemas físicos e em grande forma como tem exibido esta época.

Fernando Belluschi, um argentino que há muito era referenciado tanto por Benfica como por Porto, acabou por rumar a norte depois de uma aventura grega. Belluschi não tem mostrado muito ao serviço do Porto, não se tendo assumido ainda como um verdadeiro líder do meio-campo ofensivo do Porto como se lhe exigia, ainda pode mostrar mais do que mostrou até agora, mas claro é sempre um jogador a ter em conta para a defensiva benfiquista.

Veredicto: Pablo Aimar