"Portistas" venceram o Vitória de Setúbal para a Liga
13.04.2008 - 08h09 Jorge Miguel Matias
Dois golos irregulares deram a vitória ao FC Porto frente ao Vitória de Setúbal, ontem no Bonfim. Num jogo de poupanças para ambos os lados, as duas equipas mostraram-se mais preocupadas com a meia-final da Taça de Portugal de terça-feira do que com o desafio para o campeonato, onde os portistas já garantiram o título e os sadinos estão satisfeitos com o quinto lugar.Para o melhor ataque do campeonato, para um clube que venceu em Setúbal nos últimos sete anos e que há 25 não sabe o que é perder no Bonfim, o triunfo de ontem não é mais do que outra prova de regularidade do tricampeão. Mas a forma como ele foi conseguido, com dois golos irregulares, era desnecessária. E até teve um travo de injustiça, pois se o FC Porto dominou na primeira parte, o Vitória de Setúbal mandou no segundo tempo.
A meia-final da Taça de Portugal esteve sempre presente no encontro de ontem. Bastava olhar para as equipas que subiram ao relvado para perceber que os dois treinadores decidiram poupar muitos dos habituais titulares. Carlos Carvalhal assumiu-o logo no início do encontro: "O privilégio é para a prova a eliminar e não para a de regularidade", disse pouco antes do apito inicial. O treinador dos sadinos deixou no banco de suplentes algumas das pedras-chave da equipa ao longo desta época, casos de Pitbull, Ricardo Chaves ou Bruno Gama, enquanto Janício viu o jogo da bancada.
Jesualdo Ferreira seguiu a mesma cartilha e da equipa que venceu o Estrela há uma semana conservou apenas quatro jogadores (Fucile, Lucho, Quaresma e Lisandro).
Foi um FC Porto com apenas dois portugueses que tomou conta do jogo de ontem. O V. Setúbal assumiu uma atitude demasiado passiva nos primeiros 45 minutos, dando a iniciativa do jogo aos "dragões". Com excepção feita ao remate de Elias aos 5 minutos, quase toda a primeira parte foi do FC Porto, que entregou a Quaresma a missão de desestabilizar a defesa adversária.
Com mais tempo de posse de bola, o FC Porto teve também as principais ocasiões de golo e só não marcou ao minuto 20, aproveitando uma falha do guarda-redes Eduardo, porque Robson salvou em cima da linha de baliza.
O golo do FC Porto tornava-se cada vez mais iminente e um cruzamento de Quaresma, desviado ligeiramente por Kazmierczak, foi bem aproveitado por Lisandro, que, em posição irregular, inaugurou o marcador apontando o seu 22.º golo na Liga. O argentino marcou pelo quarto jogo consecutivo e está cada vez mais sozinho na corrida pelo título de goleador do campeonato.
Foi a pior fase do V. Setúbal na partida. Não conseguia acertar nas marcações e acabou por ceder o segundo golo à passagem da meia hora, quando Mariano aproveitou um deslize de Jorginho. Uma jogada em que o sul-americano ajeitou a bola com a mão sem que o lance tivesse sido sancionado pela equipa de arbitragem.
A forma tortuosa como o FC Porto conseguiu uma vantagem tão ampla não tira mérito à equipa de Jesualdo Ferreira, que até esta altura foi a melhor equipa em campo - um remate à barra de Lucho sublinhou isso mesmo, mas também marcou um ponto de viragem no jogo.
A partir do tiro do argentino, o FC Porto passou a acreditar que tinha o jogo ganho, enquanto o V. Setúbal contou com um remate certeiro de Hugo para lhe alimentar a esperança de que o resultado ainda não estava feito.
Na segunda parte, depois de um remate de Quaresma para uma grande defesa de Eduardo, foram os sadinos que passaram a mandar na partida. Carlos Carvalhal, aos poucos, foi colocando em campo alguns dos jogadores que inicialmente tinha decidido poupar. E a qualidade do futebol do Vitória melhorou significativamente.
Mais velozes, mais agressivos, mais crentes, os sadinos roubaram a bola ao FC Porto e tiveram uma série de oportunidades para empatar o jogo. A mais perigosa de todas na ponta final do encontro, quando Stepanov cortou em cima da linha de golo. Um novo duelo ficou marcado para terça-feira. No mesmo local.
1 comentários:
Já repararam que o FCP nos jogos mais dificeis é sempre ajudado é por isso que o Lisandro diz que o FCP é seguro nos jogos decisivos.
(Boavista fora) - expulsão injusta de Diakité
(Reboleira fora) - expulsão por mostrar a Bruno Alves
(Coimbra fora) - penaltie por marcar a favor dos estudantes por mão na área de Bruno Alves
(Funchal fora) - Djalma é bem expulso - mas LISANDRO E LUCHO trb deveriam ter sido expulsos
(Leixoes fora) Golo decisivo em fora de jogo
(Belém fora) - expulsoes por mostrar a Quaresma e Pedro Emanuel - penaltie muito duvidoso sobre o jogador que deveria ter sido antes expulso
(Leiria fora) - segundo golo do FCP surge num cruzamento já fora das quatro linhas
(Setúbal fora) - segundo golo ilegal - mão de Mariano)
e já não falo dos jogos em casa do FCP contra o Sporting, o Belenenses, o Leixoes e o Marítimo (com golos decisivos e ilegais nesses jogos)
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